São milhões de pints da cerveja Guinness consumidos por dia, em diversos pubs do mundo.

A Guinness, de aparência escura e espuma bem cremosa, é mais do que uma cerveja, é um patrimônio cultural da Irlanda. São mais de 260 anos, em uma história que se confunde com fatos marcantes do país e da vida de muitos irlandeses. Hoje, após séculos, a bebida já é marca registrada em quase todos os países do continente, sendo considerada uma das mais consumidas do planeta.

Ela também faz parte do ritual de todo turista na Irlanda, que busca conhecer o famoso Temple Bar, ou adentrar em um dos milhares de pubs da cidade para saborear uma “pint” – é assim que os copos de cerveja, de 568 ml, são chamados na Ilha Esmeralda. 

Imagem de uma visita à Guinness Storehouse, na Irlanda.
Guinness Storehouse.

Um copo cheio aos amantes de cerveja

Para os cervejeiros que curtem degustar sabores diferentes, a Guinness é um copo cheio (literalmente). Porém, para quem nunca provou tal bebida, é preciso saber que ela tem um gosto bem marcante, que pode ser um pouco amargo a princípio.

Existe, inclusive, um ritual dividido em etapas para servir o chope de Guinness: que engloba tempo exato, copo correto, ângulo, entre outros.

Em sua composição, a cerveja Guinness ainda mantém, durante todos estes anos, os seguintes itens:

  • Malte irlandês;
  • Água de Dublin;
  • Lúpulo;  
  • Levedura.

Uma combinação equilibrada entre gás carbônico e nitrogênio ajuda a levar todo o gás da bebida ao colarinho.

Uma breve história sobre a cerveja Guinness

A cerveja Guinness nasceu em 31 de dezembro 1759, em Dublin. Seu criador foi Arthur Guinness, e, como pode-se notar, ele batizou a bebida com o seu sobrenome. Era um momento conturbado para a Irlanda, marcado pela debandada de grande parte da população a outros países, como EUA, por causa da fome que assolava os Irlandeses. 

Um pouco da história do fundador, Arthur Guinness.

A criação da Guinness também é um marco, uma vez que a maioria das cervejas consumidas no país eram de origem inglesa – e vale lembrar que, na época, a Irlanda também era subordinada à política da Inglaterra e só conquistou a independência em 1922… Sendo assim, ela é um marco por representar a Irlanda, além de ter um sabor bem característico e diferente em relação a tudo o que já havia sido produzido. 

Ao final do século XVIII, a Guinness já era a maior fabricante de cerveja do mundo, com um produção de aproximadamente 1,2 milhão de barris ao ano.

Guinness Beer e Guinnes Book

Em 1951, por um mero acaso, o gerente diretor da Guinness, Hugh Beave, se questionou: qual é o pássaro mais rápido da Europa? Depois de não conseguir encontrar aquela informação facilmente em livros, ele sugeriu a uma agência que fosse criado um panfleto de recordes e curiosidades para se falar em um bar – hoje, este panfleto se tornou, nada mais nada menos, do que o famoso Livro Guinness World Records.

Um famoso poster de propaganda da Guinness.
Um famoso poster de propaganda da Guinness.

Aos amantes do Marketing, desde a década de 20 as propagandas da marca são registradas em uma publicação, chamada: The Book of Guinness Advertising, mantendo o acervo de anúncios preservado.

Guinness Storehouse

Na capital irlandesa, se tiver a oportunidade, visite a Guinness Storehouse. É uma boa para quem deseja conhecer a história da cerveja e quer degustá-la ao mesmo tempo. Ao longo de sete andares, o visitante toma conhecimento do seu processo de produção por meio de textos, fotos, áudios, entre outros. Porém, o mais interessante é o Gravity Bar, um bar envidraçado no topo do museu que dá uma visão de 360 graus de toda a cidade.

No Gravity Bar, ao final do Tour.

O local recebe por ano cerca de quatro milhões de turistas. É considerado o ponto principal, e quase que obrigatório, de quem está por lá conhecendo a cultura irlandesa.

No ingresso, que custa aproximadamente 20 Euros para adultos, já está incluso uma Pint de Guinness. Nada melhor para fechar a visita do que degustar uma cerveja e ter uma vista panorâmica de Dublin.

Como diria os irlandeses ao brindar: Sláite!

Leia também: Compras em Dublin: tudo o que você precisa saber

Você também pode gostar: